6/24/2005

Santoos! Santoos! SantoôoôÔSS!



Foda-se São Paulo! Foda-se os estudos! Fui pro Guarú surfar porque a vida é curta e não pode esperar. Essa foto foi batida hoje na praia de pitangueiras, canto do morro do Maluf

Ontem fiquei sabendo da morte de um colega. Era um colega de colégio do Santa Cecília. Nunca fui muito amigo dele mas chegamos a passar junto com a galera um ano novo na praia e alguns carnavais e "baladas". Tudo que fica do Reis na minha memória é sua alegria de viver, sua disposição e sua camaradagem. Um cara muito gente fina que morreu pro azar no trânsito.

6/23/2005

Sem São Paulo ôÔôÔ

Ó SERRA DO MAR, quanto da tua neblina
É poluição vinda lá de cima!
Por te cruzarmos, quantos bêbados foram atropelados,
Quantas horas em trânsito passaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nossa, ó serra do mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do rancho da pamonha
Tem que passar além da vergonha
Deus a São Paulo a poluição e o stress deu,
Mas aqui a arte existe e a vida não é um breu!

Ass.: Boca ba garaio, parodiando o texto abaixo com rimas forçadas (hahahaha) e começando a se conformar com a vida nessa cidade de mierda, poluída, estressante e impessoal mas cheia de arte e oportunidades.

"Ó MAR SALGADO, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão resaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
Mas nelle é que espelhou o céu."
Fernando Pessoa (o cara me persegue! Achei que era Camões mas é paródia de Camões)

Pensamentos persistentes na minha cabeça hoje:
"A arte existe para que a verdade não nos destrua" Nietzsche
"Viva como se não houvesse amanhã, mas aprenda como se não houvesse um fim" Diogo, complementando Green Day

6/18/2005

Buenos Aires


Buenos Aires, julho de 2002

Relendo "tabacaria" (o post anterior), mais precisamente esta parte: "E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu" lembrei desta foto engraçadona (no maior estilo Junhus) e resolvi posta-la.
Essa foi de longe a melhor viagem que eu já fiz na minha vida! (recordar é viver)
Em baixo um zoom pincelado pelo photo editor... Clica nas fotos pra ver melhor.

6/14/2005

Tabacaria

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. .
(...)
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas.
(...)
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu
(...)
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
(...)
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas
-Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(...)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
(...)
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.(...)
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
(...)
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
(...)
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira.
Vou à janela.O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
omo por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu."
Álvaro de Campos, 15-1-1928 (heterônimo do cara mais foda de todos, Fernand Pessoa)

Dialética



17 anos

O mundo?
As coisas?
Filosofia?
Sociedade?
Mundo das idéias?¿
Vida?¿
Sabedoria?¿
?¿ARTE?¿
?¿?¿Deus?¿?¿



19 anos


"Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada"
Alberto Caeiro

"Pensar é ficar doente dos olhos"
Alberto Caeiro


Pra que pensar? Eu juro que eu não quero pensar!


21 anos

Maldito filho da puta que um dia me ensinou a pensar!!!
"Tudo que sei é que nada sei" ?¿ !!! ?¿
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

6/12/2005

Oi Ass Storm! Bem vindo a internet!

Bom, como fico a semana inteira fazendo "brain storms" decidi criar aqui meu "ass storm" onde pretendo postar todas as mierdas provenientes do meu ócio.

Nada melhor do que a foto que aí segue para representar este blog:

Por hoje é só pessoal! Que puxa!